Sabedoria Ramatis

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sábado, 13 de outubro de 2012

Vidência ideoplástica II.







PERGUNTA: Poderíeis esclarecer-nos melhor o motivo dessa contradição entre o original-espírito e a cópia retratada mediunicamente?


RAMATÍS: Os retratos pintados mediunicamente, que não reproduzem fielmente a configuração perispiritual ou a fisionomia dos desencarnados, ressentem-se geralmente de três dificuldades características. Às vezes, o médium desenhista, quando retrata o espírito desencarnado, apenas sente-lhe a vibração à distância e o confunde com a imagem que ele "vê" mentalmente no momento em que desenha.
Noutros casos, as pessoas presentes ao trabalho mediúnico pensam fortemente em determinado espírito de sua simpatia, e o médium desenhista, então, confecciona o retrato conforme a figura que ele sente projetada na cortina astral, ignorando que se trata unicamente de imagem que foi pensada por um encarnado naquele instante. Sem dúvida, a pintura então será tão perfeita ou imperfeita quanto for a capacidade e a fidelidade de quem a pensar. Finalmente, a maioria dos casos de imperfeição do desenho mediúnico provém mesmo da inabilidade e deficiência técnica do médium desenhista, que por vezes ainda se junta a uma faculdade incipiente e incapaz de pressentir com proficiência o modelo desencarnado.
Em virtude da semelhança que é muito comum nas vestimentas dos orientais, os videntes ou desenhistas confundem facilmente os espíritos dessa origem devido aos seus turbantes ou túnicas tradicionais, tal como já tem acontecido conosco, quando erroneamente nos tomam por outras entidades.
É muito comum aos trabalhadores do Oriente apresentarem-se aos médiuns ostentando certos emblemas iniciáticos do Espaço, como a esmeralda, o rubi, o topázio ou a safira nos turbantes, e que não expressam a convenção comum das jóias terrenas, mas apenas certa identificação particular, tal como os fraternistas terrenos usam a estrela de salamandra, o signo de Salomão ou o triângulo egípcio. Não se trata de talismãs ou insígnias supersticiosas, nem mesmo de distinções hierárquicas, a que somos avessos, mas apenas de sinais que identificam as entidades sob o mesmo gênero de trabalho e de responsabilidade espiritual nas comunidades astrais do Oriente.
Quanto a nós, temos aparecido ao sensitivo e à vidência dos terrícolas com as vestes religiosas que usávamos há um milênio em nossa última romagem carnal na Indo-China, isto é, espécie de indumentária iniciática dos bispados daquela latitude geográfica. Os espíritos esclarecidos e certos de que todas as criaturas provêm do mesmo Criador e jamais se distinguem por privilégios espirituais, não se preocupam com a fidelidade ou exatidão de suas fisionomias copiadas do mundo físico e que são retratadas pelos médiuns desenhistas. Sabeis que o espírito, à medida que se reencarna, translada-se para outros planetas ou ascensiona para planos espirituais superiores, também modifica inexoravelmente a substância e a estética de sua vestimenta perispiritual.
Se fôssemos colecionar os diversos perispíritos que já modelamos desde o nosso primeiro contato espiritual com a matéria planetária, o certo é que terminaríamos confusos ante a variedade de aspectos e figuras que já envergamos nas vidas carnais, enquanto se manteve intacta a nossa individualidade espiritual responsável por tais manifestações no mundo de formas.
Atualmente já temos consciência de que somos um singelo "número sideral" classificado nas fichas da contabilidade divina, por cujo motivo desinteressamo-nos dos nomes com que fomos conhecidos nas tabelas educativas do mundo físico e dos preconceitos ancestrais extintos na cova material. A personalidade humana, que muitos ainda defendem fanaticamente em sua hereditariedade biológica, para nós é o rótulo que nos marcou provisoriamente no aprendizado da escola física.
Em face da determinação divina do Pai, em que todos os espíritos são anjos em potencial a caminho da ventura eterna, no reino do espírito puro o corpo físico e o perispírito são apenas trajes anacrônicos deixados no seu limiar. Se ainda conservamos a configuração de nossa última existência na Indo-China, em lugar de qualquer outra plasmada pela nossa mente ou vivida anteriormente, isso o fazemos para apoio à vidência ou intuição dos terrícolas que vibram conosco no mesmo esforço e ideal de libertação espiritual.

Do livro: “Mediunismo” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

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