Sabedoria Ramatis

Sabedoria Ramatis

terça-feira, 30 de outubro de 2012

Algumas observações sobre animismo - VIII






PERGUNTA: Sob vossa opinião será impossível a comunicação de um Marcos, João, Mateus, Lucas ou Paulo de Tarso?

RAMATÍS: De modo algum a achamos impossível, desde que para isso exista o médium afinizado aos mesmos propósitos e idéias superiores que eles esposam. Importa-nos frisar que justamente os espíritos mais elevados e conscientes de sua condição espiritual são os que mais apreciam o anonimato e procuram esconder sua identidade sob pseudônimos singelos, quando se comunicam com a Terra. É o caso de João Evangelista que, tendo sido Samuel, o profeta puro da Bíblia, retomou à carne no século XII como Francisco de Assis, por cujo motivo, se realmente ele estivesse preocupado em salientar sua figura mais lisonjeira do mundo físico, também se apresentaria nos trabalhos mediúnicos com esta última personalidade mais evidente na sua linhagem espiritual.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Algumas observações sobre animismo - VII








PERGUNTA: Quereis dizer que todas as comunicações em nome desses personagens históricos são apócrifas?


RAMATÍS: Embora esses médiuns muito anímicos sejam vítimas de sua própria exaltação psíquica, agindo sem má intenção, é óbvio que alguns espíritos que a história destacou pela sua turbulência, crueldade ou maquiavelismo, ainda curtem o remorso de suas aventuras ignóbeis ou dos crimes execráveis comparecendo a certos trabalhos espíritas sem qualquer modificação espiritual.

sábado, 27 de outubro de 2012

Algumas observações sobre animismo - VI







PERGUNTA:  Poderíeis nos esclarecer, com algum exemplo mais objetivo, quanto a essa influência do automatismo psicológico nos médiuns anímicos?


RAMATÍS: Alguns médiuns, por exemplo, embora não sejam completamente anímicos, deixam-se empolgar em demasia pela vida dos apóstolos ou dos seguidores do Mestre Jesus, vivendo impressões íntimas que, mais tarde, passam a comunicar à guisa de manifestações mediúnicas daqueles que tanto admiram.

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Algumas observações sobre animismo - V









PERGUNTA:  O médium totalmente anímico pode tornar-se um médium de comunicação dos espíritos desencarnados?


RAMATÍS: Por que não? O animismo como manifestação da alma do ser também é sensibilidade psíquica, tal como a faculdade mediúnica, que é o meio para a comunicação dos espíritos desencarnados. Em conseqüência o médium anímico também tende à eclosão do fenômeno mediúnico em face de sua hipersensibilização psíquica, cumprindo-lhe estudar e procurar distinguir quando realmente é o seu espírito quem comunica e quando se trata de entidade do Além.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

Algumas observações sobre animismo - IV









PERGUNTA:  Aludis a um clima "catalisador de animismo"; não é assim? Como poderíamos entender essa vossa referência?


RAMATÍS: O ambiente de uma sessão espírita, por exemplo, é um clima adequado para favorecer a associação de idéias, a emersão do subconsciente ou o ajuste das impressões do dia nas criaturas mais sugestionáveis, que assim se confundem a ponto de se crerem mediunizadas pelos espíritos. Ali tudo converge para "catalisar", ou seja, acelerar o conteúdo psicológico, a bagagem freudiana, os automatismos incontroláveis no médium excessivamente anímico. Ele sugestiona-se para o transe anímico já no ingresso à atmosfera tradicional do ambiente espiritista; o seu subconsciente excita-se à meia-luz, pela abertura dos trabalhos, sob a leitura do Evangelho ou dos temas mediúnicos.

domingo, 21 de outubro de 2012

Algumas observações sobre animismo - III





PERGUNTA: Supondo-se um médium anímico que, embora só transmitindo o que é de si e à conta de manifestação de espíritos, seja tão culto, sensato e de conduta moral irrepreensível, que exponha os seus pensamentos em alto teor intelectivo e espiritual, como poderíamos classificação na tese anímica?


RAMATÍS: Nesse caso é criatura que supera a maioria dos médiuns, pois, se é inteligente, de moral superior e sensível à vida espiritual angélica, não deixa de ser um médium intuitivo-natural, um feliz inspirado que pode absorver diretamente na Fonte Divina os mais altos conceitos filosóficos da vida imortal e as bases exatas da ascese espiritual. Ao contrário da criatura exclusivamente anímica, que só oferece um conteúdo pobre e superficial na sua passividade psíquica, o intuitivo natural chega a pressentir a própria transformação do futuro e reconhece com absoluta segurança quais os valores evolutivos da mais alta espiritualidade.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Algumas observações sobre animismo - II







PERGUNTA: Então a comunicação do médium completamente anímico não passa de mistificação inconsciente; não é assim?


RAMATÍS: Quando o médium não tem o intuito de enganar os que o ouvem, não podeis admitir a mistificação inconsciente. A comunicação anímica é decorrente da falsa suposição íntima de a criatura julgar-se atuada por espíritos, por cujo motivo transmite equivocadamente suas próprias idéias. A mistificação, no entanto, é fruto da má intenção.

terça-feira, 16 de outubro de 2012

Algumas observações sobre animismo - I








PERGUNTA: Que devemos entender por animismo, no tocante às comunicações mediúnicas da seara espírita?



RAMATÍS: Animismo, conforme explica o dicionário do vosso mundo, é o "sistema fisiológico que considera a alma como a causa primária de todos os fatos intelectivos e vitais. O fenômeno anímico, portanto, na esfera de atividades espíritas, significa a intervenção da própria personalidade do médium nas comunicações dos espíritos desencarnados, quando ele impõe nelas algo de si mesmo à conta de mensagens transmitidas do Além-Túmulo.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Vidência ideoplástica - III.






PERGUNTA: A fim de compreendermos satisfatoriamente a autenticidade ou dificuldade na retratação mediúnica dos espíritos desencarnados, poderíeis esclarecer-nos, no vosso caso, por que motivo vos retrataram com a aparência de um jovem de quinze anos, em certa pintura mediúnica, embora houvésseis deixado o mundo terráqueo com a idade física de trinta anos?


RAMATÍS: A médium que nos retratou perispiritualmente deixou-se envolver por algum sentimento lisonjeiro e de simpatia para conosco, convicta de que todos os espíritos que participam das tarefas espirituais benfeitoras devem ser demasiadamente belos ou jovens, algo parecidos aos anjos tradicionais da história sagrada.

sábado, 13 de outubro de 2012

Vidência ideoplástica II.







PERGUNTA: Poderíeis esclarecer-nos melhor o motivo dessa contradição entre o original-espírito e a cópia retratada mediunicamente?


RAMATÍS: Os retratos pintados mediunicamente, que não reproduzem fielmente a configuração perispiritual ou a fisionomia dos desencarnados, ressentem-se geralmente de três dificuldades características. Às vezes, o médium desenhista, quando retrata o espírito desencarnado, apenas sente-lhe a vibração à distância e o confunde com a imagem que ele "vê" mentalmente no momento em que desenha.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Vidência ideoplástica.







PERGUNTA: Por que motivo entre os vários retratos que foram pintados mediunicamente sobre a vossa figura perispiritual, nenhum deles se parece estritamente convosco? O vosso sensitivo explica-nos que sois amorenado, olhos oblíquos e que não tendes o aspecto adolescente de um jovem de quinze anos, como vos pintaram. Também apresentais uma fisionomia expressivamente ocidentalizada, quando, na realidade, sois um tipo oriental descendente de hindu e chinesa. Diz o médium que a maior semelhança entre vós e os retratos mediúnicos pintados reside somente no tipo das vestes, do turbante e das cores de vossa aura. Que dizeis?

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Considerações sobre a vidência







PERGUNTA: Entre um médium vidente intuitivo, que não "vê" propriamente os espíritos, mas apenas lhes recebe as impressões através da mente ou do perispírito, pressentindo-lhes os contornos, as vestes e a fisionomia, e outro cuja faculdade mediúnica permite-lhe ver diretamente no mundo astral, qual dos dois medianeiros é o mais eficiente, exato e seguro?


RAMATÍS:  Desnecessário é dizer-vos que não são os olhos carnais que veem os fenômenos da vida do "lado de cá", mas na realidade é o espírito que vê por dupla vista, por cujo motivo os médiuns videntes tanto veem com os olhos abertos como fechados, donde se conclui, conforme explica Allan Kardec, que o cego pode ver os espíritos'.

domingo, 7 de outubro de 2012

A responsabilidade e os riscos da mediunidade – Parte final



PERGUNTA: Mas não existem crianças médiuns, cuja mediunidade avançada lhes permite superarem as atividades mediúnicas dos próprios adultos?


RAMATÍS: Dissemos, há pouco, que a mediunidade é como a flor, exigindo o cultivo só no momento propício do seu desabrochar. É óbvio que a criança, quando portadora de fenômenos incomuns, por faculdade mediúnica espontânea, ela os exerce como um fato inerente à sua própria pessoa, mas sem sofrer angústias ou aflições. Tal como ela ri, canta e salta, também os produz sem esforço e espanto; para si é manifestação natural de sua própria constituição ancestral.

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

A responsabilidade e os riscos da mediunidade – VII





PERGUNTA: Ainda em decorrência das próprias indagações de Kardec, no "Livro dos Médiuns", poderíeis dizer-nos se há algum inconveniente em se desenvolver a mediunidade nas crianças?


RAMATÍS: A mediunidade é como a flor; deve desabrochar no momento próprio e não em estufa. Quando se desenvolve prematuramente, sob estímulos catalisadores ou exercícios medianímicos de contatos insistentes com os desencarnados, isso superexcita a sensibilidade psíquica da criança e causa-lhe distúrbios orgânicos.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

A responsabilidade e os riscos da mediunidade – VI




Mediunidade e loucura:



PERGUNTA: Poderíeis explicar-nos melhor esse assunto?


RAMATÍS: Sabeis que os ascendentes biológicos hereditários da carne conservam em sua intimidade, em estado latente, os germes de taras, vícios, estigmas e enfermidades como a sífilis, morféia ou tuberculose, inclusive os reflexos das alienações mentais sofridas pela geração ancestral. No conteúdo sanguíneo do homem permanecem os vírus morbígenos de sua linhagem hereditária; e quando se apresentam condições eletivas, eles proliferam além de sua quota normal ou inofensiva, podendo ferir o sistema neurocerebral.

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

A responsabilidade e os riscos da mediunidade – V






PERGUNTA: A mediunidade poderá causar a loucura? Aliás, este problema foi abordado pelo próprio Allan Kardec, no "Livro dos Médiuns".


RAMATÍS: Isso depende de certas circunstâncias. O espírito reencarnado na Terra não pode isolar-se completamente das contingências inerentes ao próprio meio, em que o indivíduo, na sua vida de relação, está sujeito a hostilidades e emoções que lhe afetam o equilíbrio psíquico.
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