Sabedoria Ramatis

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segunda-feira, 17 de setembro de 2012

O NÚMERO 666 NA PROFECIA APOCALÍPTICA – lV






PERGUNTA: Hitler não merecia, porventura, que o número 666 se ajustasse ao seu nome como um identificador de suas qualidades despóticas?


RAMATÍS: Hitler foi uma cópia moderna de outros líderes guerreiros do vosso mundo, como sejam Aníbal, Átila, Alexandre, César, Tito, Saladino, Gengis Khan, Napoleâo, o Kaiser e muitos outros que foram mais ou menos inescrupulosos. Esses homens são produtos do clima psicológico do vosso mundo, que é alimentado pela própria humanidade a se digladiar pelo interesse nos proventos decorrentes dos conflitos humanos. Se os demais homens houvessem revelado, também, propensão para o crime, o desregramento e o ódio racial, Hitler não passaria de um infrator comum das leis, punível pelo próprio Código Penal do seu país.
A sua ambição, vaidade, cobiça e ódio racial contagiaram gradativamente o seu povo, tomado assim de entusiasmo com as novas perspectivas de glória e de lucros inesperados. As nações adversas ao regime nazista, embora constrangidas pelo incómodo da guerra, eram agrupamentos de outros homens também movidos por vários interesses racistas ou particulares e que, então, procuraram tirar o melhor partido do conflito. Desde o mais humilde soldado até o comando superior, nasceu o júbilo pela esperança de uma promoção de posto; desde o negociante mais modesto até o açambarcador de géneros alimentícios, todos tinham os olhos fixos no provável lucro fácil, que poderia advir da situação anormal! Em cada cérebro humano vibrou uma esperança de vantagem; cada homem, em lugar de se mover para o equilíbrio e facilitar as coisas para o bem comum, alimentou imediatamente a idéia de acelerar a guerra; o comerciante escondeu a mercadoria ou elevou o seu preço; o jornalista atiçou a ira mental e excitou o ódio entre os racistas de todos os povos; os religiosos de "cá" e de "lá" realizaram reuniões de súplicas ao "seu" Deus, para que seus irmãos de outros países fossem derrotados, por serem seus inimigos! Nos próprios países pacíficos ou distanciados do conflito armado, os descendentes ou parentes dos povos em luta sofrem a desforra dos desonestos, dos prejudicados, dos ambiciosos ou dos enciumados com o "estrangeiro" que progride na pátria alheia; então, depredam seus estabelecimentos, suas casas, roubam-lhes os haveres, insultam, agridem e os humilham em público, sob o disfarce de sadio patriotismo! Na realidade, os líderes guerreiros apenas abrem as comportas das paixões represadas pela humanidade, que está sempre sedenta de violência e de iniquidade. A presença de Atila ou de Hitler, no vosso mundo, é apenas um produto exigido pelo atual conteúdo humano em efervescência; comprova-se essa realidade pela facilidade com que eles sempre encontram clima eletivo para dar visão às suas idiossincrasias doentias. Enquanto isso sucede, Jesus fica esquecido, e seria passível mesmo de nova crucificação, em estilo moderno, se, aqui estando, tentasse condenar os desatinos dos moradores do vosso orbe!
Por isso, tanto são responsáveis perante o Pai aqueles que desencadeiam as guerras, como todos os que contribuem mental e moralmente para o clima do conflito, mesmo que estejam afastados dos campos de batalha pela massa de água do oceano ou tentem manter-se sob a máscara da Paz. Quantos subalternos ou mesmo simples admiradores de líderes belicosos surpreendem-se dolorosamente, ao desencarnar, verificando que as suas culpas ainda são maiores que as dos seus ídolos, por se haverem excedido na prática de iniqüidades, aproveitando-se da responsabilidade dos seus comandantes ou do nome de suas doutrinas extremistas!
Hitler não pode ser a tradução do símbolo da Besta ou do Anticristo, porque ele apenas representou o combustível para uma fogueira, de cuja construção todos participaram de um modo particular, trazendo sua contribuição daninha ao espírito de Paz tão desejado. Os homens do vosso mundo, além de não viverem em paz consigo mesmos, ainda dão alento a pensamentos belicosos em todas as esferas da atividade humana. Por isso, um líder guerreiro, ao fazer eclodir uma guerra, nada mais faz do que dar liberdade a uma paixão silenciosa e tenaz, na alma de toda a humanidade. Só quando entre vós imperar realmente o Evangelho do Cristo, é que os atilas, os hitlers ou os césares serão aí considerados como surtos perigosos de "patologia belicosa", que requerem imediata internação em sanatórios, em lugar de representarem símbolos libertadores ou grandes cerebrações guerreiras!


Do livro: “Mensagens do Astral” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento

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