Sabedoria Ramatis

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quinta-feira, 21 de junho de 2012

Jesus, seus milagres e seus feitos - V







PERGUNTA:  Que nos dizeis a respeito das supostas relíquias do Mestre Jesus, às quais o Clero Católico atribui a virtude de produzirem milagres? Existem?


RAMATÍS: Em todos os credos e religiões disseminados pelo mundo, como o Catolicismo, Taoísmo, Budismo, Muçulmanismo e mesmo o Judaísmo, avultam as relíquias de seus líderes, fundadores e missionários mais importantes. Naturalmente, a par dos que acreditam sinceramente no poder misterioso ou na veracidade de tais relíquias, há os charlatães e os especuladores, que se aproveitam da oportunidade para a realização de negócios astutos.
Sucede o mesmo com as pretensas relíquias de Jesus, que o Clero Católico expõem aos seus fiéis. Mas, na realidade, tais relíquias são falsas e o bom senso mostra-nos facilmente o ridículo e a impossibilidade de sua existência. Tapetes de bom tecido, compacto e duradouro, não resistem há um século e se transformam em frangalhos nos museus; no entanto, o "santo sudário" resiste há quase dois mil anos, embora tenha sido feito de linho frágil. 
Um litro de sangue evapora-se e coagula-se em algumas horas, mas as gotas de sangue apanhadas de Jesus, na hora da crucificação, desafiam os séculos, mantendo-se vivíssimas em ânforas de prata! Madeiras rijas e de longa duração, como o carvalho e a imbuia, desintegram-se sob o impacto dos séculos; no entanto, a cruz de Jesus, feita de dois troncos de árvores comuns, leve e de pouca duração, resiste há milênios e seus fragmentos e pó ainda são reverenciados pelos fiéis da Igreja em diversas partes do mundo!
Em seguida à morte de Jesus, os seus discípulos, devido às ameaças de também serem punidos como sediciosos perante o Procurador de Roma, debandaram rapidamente por todos os cantos de Jerusalém e não lhes passou pela mente qualquer iniciativa de apanhar os restos da morte do Mestre e guardá-los como relíquias! A maioria evitou qualquer contato nas proximidades do local do Calvário, sem preocupar-se de colher gotas de sangue, pedaços de espinhos ou fragmentos da cruz. A morte de Jesus provocou forte temor e até descrença na maioria dos seus seguidores, pois em vez de vê-lo empunhando o cetro real ante o povo judeu, terminara sendo crucificado como qualquer malfeitor incurso nas leis romanas. Quem poderia antever que aquele homem executado por uma condenação pública, seria capaz de se projetar pelos séculos afora e redimir a humanidade? Ante a incapacidade de tal previsão, não se justifica que alguém se interessasse, de imediato, em conservar como relíquia alguns cravos ou pedaços da cruz do Sublime Peregrino!
Aliás, Jesus não foi crucificado com a coroa de espinhos, pois esta foi uma encenação cruel da criadagem e servos de Pilatos, feita na sexta-feira, durante a flagelação. Depois dos sarcasmos e da farsa ridícula a que submeteram Jesus, o ramo de vime que fora usado para a confecção da coroa foi jogado fora como qualquer objeto inútil, sem valor.


(Do Livro: “O Sublime Peregrino” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento)

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