Sabedoria Ramatis

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quinta-feira, 14 de junho de 2012

AS PREGAÇÕES E AS PARÁBOLAS DE JESUS – Vlll






Embora considerando-se que foi a própria tradição espiritual e não a história profana que fez a obra de Jesus chegar até nossos dias, gostaríamos de saber como isso foi possível, apesar de tantos sofismas, interpolações e fantasias com que os homens obstruíram os seus ensinamentos.



RAMATÍS: Realmente o sacerdócio organizado tem feito do Homem Luz um personagem irreal, cuja figura vem sendo continuamente retocada em cada concilio sacerdotal, misturando-lhe a realidade com a fantasia e a lógica com a aberração. Mas aproxima-se, entretanto, o momento de reajuste há tempo desejado; e em breve tereis conhecimento da força original da obra de Jesus, que, embora fosse um anjo descido do Alto, viveu sua existência coerente com a lei do vosso mundo.
O Jesus que ainda é devocionado pelas religiões terrenas não é o mesmo Jesus que respirou o oxigênio da Terra; é uma fantasia impossível de ser conceituada entre suas próprias contradições. Mesmo o protestantismo, que pretendeu fazer reviver a simplicidade do Mestre, dando-lhe a condição lógica de vivente humano, também se atemorizou diante do medo do sacrilégio e preferiu deixá-lo envolto no véu da fantasia milagreira! A reforma louvável de Lutero, rebelando-se contra os diversos dogmas seculares e o fausto sacerdotal, que ironizavam a pobreza do Mestre Nazareno, elegeu infelizmente a Bíblia como um outro senhor absoluto, incondicional, que se transformou em autoridade implacável para se dirimirem quaisquer dúvidas e se alimentarem inovações. O pensamento dinâmico e evolutivo dos protestantes estagnou, então, voltando apressado, através da Bíblia, para outros dogmas infantis. A Bíblia embora a reconheçamos como livro contendo revelações úteis não pôde substituir a liberdade de pensar.
Ela apenas auxilia o modo de raciocinar sobre a Verdade Divina. Apenas uma autoridade envelhecida no tempo foi substituída por outra diferente, mas de modo algum solucionou-se o problema de desvestir Jesus do aparato pagão e de sua aura de mago de feira!
No entanto, os sofismas, os truncamentos, as interpolações e o desnaturamento de certas passagens do Mestre Jesus não conseguiram obscurecer-lhe o trajeto da Palestina até nossos dias, porque além de estar impregnado do seu sangue vertido no sacrifício da cruz, traz a chancela inconfundível de sua alta individualidade espiritual e do seu infinito Amor por toda a humanidade!



(Do Livro: “O Sublime Peregrino” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento)

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