Sabedoria Ramatis

Sabedoria Ramatis

segunda-feira, 30 de abril de 2012

A Prece











“A prece, em sua verdadeira essência, é um esforço que a alma empreende para elevar-se vibratoriamente às correntes superiores. Exercita-se momentaneamente, procurando ampliar a estatura do espírito; tenta a libertação transitória da forma, que a seduz e hipnotiza, no ciclo das vibrações letárgicas. A prece, proporcionando essa fuga momentânea, auxilia o espírito a imergir na essência divina que lhe caldeia a estrutura consciencial.
O "orai e vigiai", na divina voz de Jesus, bem vos adverte da necessidade que ainda tendes do exercício da prece, que é ginástica moral, para desenvolver os "músculos" do espírito! A oração apressa a "ascensão"; acelera a vibração espiritual e isola a alma do contato asfixiante da forma. Habitua, pouco a pouco, o homem, para o futuro comportamento do anjo! 
O espírito apazigua-se, enternece, o instinto recua, atemorizado, ante a fragrância da luminosidade que emerge do íntimo de quem ora com fé. O próprio facínora, caído de joelhos, na oração de agudo arrependimento, desprende fagulhas santificantes do espírito, e mais tarde, abrasado em incêndio de amor, se transformará em anjo potencial, porque seus atos, idéias e conduta formam um estado quase permanente de oração. Na realidade, eles, nessas atitudes, são a "prece viva". Ante a predominância dos estados inferiores como sejam a maledicência, a calúnia, a obscenidade, irritação, inveja, ciúmes, vaidades, indiferença ao sofrimento alheio, que são comuns aos terrícolas, faz-se necessária maior soma de preces, para a alma reajustar-se, momentaneamente, à vibração superior. Esse auxilio; esse recurso ou socorro divino, é menos necessário ao cidadão marciano porque ele, vivendo obediente à Lei Divina, pode, relativamente, prescindir da advertência do "orai e vigiai para não cairdes em tentação".
O Ideal Superior, constantemente vivido, opera na intimidade do espírito marciano, sustentando-o em nível angélico. O instinto agressivo e rude da forma é vencido, implacavelmente, pelo estado permanente e natural das orações vivas, concretizadas nos próprios atos da sua vida!”


(Do Livro “A Vida No Planeta Marte E Os Discos Voadores” Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento)

sábado, 28 de abril de 2012

A Alimentação Carnívora e o Vegetarianismo – lll parte








PERGUNTA:  Esses métodos eficientes e de rapidíssima execução na matança que se processa nos matadouros e frigoríficos modernos, evitam os prolongados sofrimentos que eram comuns no tipo de corte antigo. Não é verdade?


RAMATÍS: — Pensamos que o senso estético da Divindade há se sempre preferir a cabana pobre, que abriga o animal amigo, ao matadouro rico que mata sob avançado cientificismo da indústria fúnebre. 
As regiões celestiais são paragens ornadas de luzes, flores e cores, onde se casam os pensamentos generosos e os sentimentos amoráveis de suas humanidades cristificadas. Essas regiões também serão alcançadas um dia, mesmo por aqueles que constroem os tétricos frigoríficos e os matadouros de equipo avançado, mas que não se livrarão de retornar à Terra, para cumprir em si mesmos o resgate das torpezas e das perturbações infligidos ao ciclo evolutivo dos animais. 
Os métodos eficientes da matança científica, mesmo que diminuam o sofrimento do animal, não eximem o homem da responsabilidade de haver destruído prematuramente os conjuntos vivos que também evoluem, como são os animais criados pelo Senhor da Vida! Só Deus tem o direito de extingui-los, salvo quando eles oferecem perigo para a vida humana, que é um mecanismo mais evoluído, na ordem da Criação.

PERGUNTA:  Surpreendem-nos as vossas asserções algo vivas; muita gente não compreende, ainda, que essa grave impropriedade da alimentação carnívora causa-nos tão terríveis conseqüências! Será mesmo assim?

RAMATÍS: — O anjo, já liberto dos ciclos reencarnatórios, é sempre um tipo de suprema delicadeza espiritual. A sua tessitura diáfana e formosa, e seu cântico inefável aos corações humanos não são produtos dos fluidos agressivos e enfermiços dos “patê de foiegras” (pasta de fígado hipertrofiado), da famigerada “dobradinha ao molho pardo” ou do repasto albumínico do toucinho defumado!
A substância astral, inferior, que exsuda da carne do animal, penetra na aura dos seres humanos e lhes adensa a transparência natural, impedindo os altos vôos do espírito. Nunca havereis de solucionar problema tão importante com a doce ilusão de ignorar a realidade do equívoco da nutrição carnívora e, quiçá, tarde demais para a desejada solução.
Expomo-vos aquilo que deve ser meditado e avaliado com urgência, porque os tempos são chegados e não há subversão no mecanismo sideral. E mister que compreendais, com toda brevidade, que o veículo perispiritual é poderoso ímã que atrai e agrega as emanações deletérias do mundo inferior, quando persistis nas faixas vibratórias das paixões animais. E preciso que busqueis sempre o que se afina aos estados mais elevados do espírito, não vos esquecendo de que a nutrição moral também se harmoniza à estesia do paladar físico.
Em verdade, enquanto os lúgubres veículos manchados de sangue percorrerem as vossas ruas citadinas, para despejar o seu conteúdo sangrento nos gélidos açougues e atender às filas irritadas à procura de carne, muitas reencarnações serão ainda precisas para que a vossa humanidade se livre do deslize psíquico, que sempre há de exigir a terapia das úlceras, cirroses hepáticas, nefrites, artritismo, enfartes, diabetes, tênias, amebas ou uremias!


(Origem: “Fisiologia Da Alma” – Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento)

quinta-feira, 26 de abril de 2012

A Alimentação Carnívora e o Vegetarianismo – ll parte







PERGUNTA: Devemos considerar-nos em débito perante Deus, devido à nossa alimentação carnívora, quando apenas atendemos aos sagrados imperativos naturais da própria vida?

RAMATÍS: Embora os antropófagos também atendam aos “sagrados imperativos naturais da vida”, nem por isso endossais os seus cruentos festins de carne humana, assim como também não vos regozijais com as suas imundices à guisa de alimentação ou com as suas beberagens repugnantes e produtos da mastigação do milho cru!
Do mesmo modo como essa nutrição canibalesca vos causa espanto e horror, também a vossa mórbida alimentação de vísceras e vitualhas sangrentas, ao molho picante, causa terrível impressão de asco às humanidades dos mundos superiores.  Essas coletividades se arrepiam em face das descrições dos vossos matadouros, charqueadas, açougues e frigoríficos enodoados com o sangue dos animais e a visão patética de seus cadáveres esquartejados. 
Entretanto, a antropofagia dos selvagens ainda é bastante inocente, em face do seu apoucado entendimento espiritual; eles devoram o seu prisioneiro de guerra, na cândida ilusão de herdar-lhe as qualidades intrépidas e o seu vigor sanguinário. Mas os civilizados, para atenderem às mesas lautas e fervilhantes de órgãos animais, especializam-se nos caldos epicurísticos e nos requintes culinários, fazendo da necessidade do sustento uma arte enfermiça de prazer.
O silvícola oferece o tacape ao seu prisioneiro, para que ele se defenda antes de ser moído por pancadas; depois, rompe-lhe as entranhas e o devora, famélico, exclusivamente sob o imperativo natural de saciar a fome; a vítima é ingerida às pressas, cruamente, mas isso se faz distante de qualquer cálculo de prazer mórbido. O civilizado, no entanto, exige os retalhos cadavéricos do animal na forma de suculentos cozidos ou assados a fogo lento; alega a necessidade de proteína, mas atraiçoa-se pelo requinte do vinagre, da cebola e da pimenta, desculpa-se com o condicionamento biológico dos séculos em que se viciou na nutrição carnívora, mas sustenta a lúgubre indústria das vísceras e das glândulas animais enlatadas; paraninfa a arte dos cardápios da necrofagia pitoresca e promove condecorações para os “mestres cucas” da culinária animal!
Os frigoríficos modernos que exaltam a vossa “civilização”, construídos sob os últimos requisitos científicos e eletrônicos concebidos pela inteligência humana, multiplicam os seus aparelhamentos mais eficientes e precisos, com o fito da matança habilmente organizada. Notáveis especialistas e afamados nutrólogos estudam o modo de produzir em massa o “melhor” presunto ou a mais “deliciosa” salsicharia à base de sangue coagulado!

Os capatazes, endurecidos na lide, dão o toque amistoso e fazem o convite traiçoeiro para o animal ingressar na fila da morte; magarefes exímios e curtidos no serviço fúnebre conservam a sua fama pela rapidez com que esfolam o animal ainda quente, nas convulsões da agonia; veterinários competentes examinam minuciosamente a constituição orgânica da vítima e colocam o competente “sadio”, para que o “ilustre civilizado” não sofra as consequências patogênicas do assado ou do cozido das vísceras animais!
Turistas, aprendizes e estudantes, quando visitam os colossos modernos que são edificados para a indústria da morte, onde os novos “sansões” guilhotinam em massa o servidor amigo, pasmam-se com os extraordinários recursos da ciência moderna; aqui, os guindastes, sob genial operação mecânica, erguem-se manchados de rubro e despejam sinistras porções de vísceras e rebotalhos palpitantes; ali, aperfeiçoados cutelos, movidos por eficaz aparelhamento elétrico, matam com implacável exatidão matemática, acolá, fervedores, prensas, esfoladeiras, batedeiras e trituradeiras executam a lúgubre sinfonia capaz de arrepiar os velhos caciques, que só devoravam para matar a fome! 
Em artísticos canais e regos, construídos com os azulejos da exigência fiscal, jorra continuamente o sangue rútilo e generoso do animal sacrificado para a glutonice humana! Mas o êxito da produção frigorífica ainda melhor se comprova sob genial disposição: elevadores espaçosos erguem-se, implacáveis, sobrecarregados de suínos, e os depositam docemente sobre o limiar de bojudos canos de alumínio, inclinados, na feição de “montanha russa.” Rapidamente, os suínos são empurrados, em fila, pelo interior dos canos polidos e deslizam velozmente, em grotescas e divertidas oscilações, para mergulharem, vivos, de súbito, nos tanques de água fervente, a fim de se ajustarem à técnica e à sabedoria científica modernas, que assim favorecem a produção do “melhor” presunto da moda!
Quantos suínos precisarão ainda deslizar pela tétrica montanha-russa, criação do mórbido gênio humano, para que possais saborear o vosso “delicioso” presunto no lanche do dia?

(Origem: “Fisiologia Da Alma” – Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento)

quarta-feira, 25 de abril de 2012

A Alimentação Carnívora e o Vegetarianismo – l parte






PERGUNTA: — Em vista das opiniões variadas e por vezes contraditórias, tanto entre as correntes religiosas e profanas como até entre a classe médica, quanto ao uso da carne dos animais como alimento, gostaríamos que nos désseis amplos esclarecimentos a respeito, de modo a chegarmos a uma conclusão clara e lógica sobre se o regime alimentar carnívoro, prejudica ou não o nosso organismo ou influi de qualquer modo para que seja prejudicada a evolução do nosso espírito. Preliminarmente, devemos dizer que no Oriente  como o afirmam muitas das pessoas antivegetarianas a abstenção do uso da carne como alimento parece prender-se apenas a única tradição religiosa, que os ocidentais consideram como uma absurdidade, dada a diferença de costumes entre os dois povos. Que nos dizeis a respeito?

RAMATÍS:— A preferência pela alimentação vegetariana, no Oriente, fundamenta-se na perfeita convicção de que, à medida que a alma progride, é necessário, também, que o vestuário de carne se lhe harmonize ao progresso espiritual já alcançado. Mesmo nos remos inferiores, a nutrição varia conforme a delicadeza e sensibilidade das espécies. Enquanto o verme disforme se alimenta no subsolo, a poética figura alada do beija-flor sustenta-se com o néctar das flores.
Os iniciados hindus sabem que os despojos sangrentos da alimentação carnívora fazem recrudescer o atavismo psíquico das paixões animais, e que os princípios superiores da alma devem sobrepujar sempre as injunções da matéria. Raras criaturas conseguem libertar-se da opressão vigorosa das tendências hereditárias do animal, que se fazem sentir através da sua carne.





PERGUNTA:Mas a alimentação carnívora, principalmente no Ocidente, já é um hábito profundamente estratificado no psiquismo humano, cremos que estamos tão condicionados organicamente à ingestão de carne, que sentir-nos-íamos debilitados ante a sua mais reduzida dieta!


RAMATÍS: — Já tendes provas irrecusáveis de que podeis viver e gozar de ótima saúde sem recorrerdes à alimentação carnívora. Para provar o vosso equívoco, bastaria considerar a existência, em vosso mundo, de animais corpulentos e robustos, de um vigor extraordinário e que, entretanto, são rigorosamente vegetarianos, tais como o elefante, o boi, o camelo, o cavalo e muitos outros. Quanto ao condicionamento biológico, pelo hábito de comerdes carne, deveis compreender que o orgulho, a vaidade, a hipocrisia ou a crueldade, também são estigmas que se forjaram através dos séculos, mas tereis que eliminá-los definitivamente do vosso psiquismo.
O hábito de fumar e o uso imoderado do álcool também se estratificam na vossa memória etérica; no entanto, nem por isso os justificais como necessidades imprescindíveis das vossas almas invigilantes. 
Reconhecemos que, através dos milênios já vividos, para a formação de vossas consciências individuais, fostes estigmatizados com o vitalismo etérico da nutrição carnívora; mas importa reconhecerdes que já ultrapassais os prazos espirituais demarcados para a continuidade suportável dessa alimentação mórbida e cruel. 
Na técnica evolutiva sideral, o estado psicofísico do homem atual exige urgente aprimoramento no gênero de alimentação; esta deve corresponder, também, às próprias transformações progressistas que já se sucederam na esfera da ciência, da filosofia, da arte, da moral e da religião.
O vosso sistema de nutrição é um desvio psíquico, uma perversão do gosto e do olfato; aproximai-vos consideravelmente do bruto, nessa atitude de sugar tutanos de ossos e de ingerirdes vísceras na feição de saborosas iguarias. 
Estamos certos de que o Comando Sideral está empregando todos os seus esforços a fim de que o terrícola se afaste, pouco a pouco, da repugnante preferência zoofágica.


(Origem: “Fisiologia Da Alma” – Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento)

terça-feira, 24 de abril de 2012

A composição de um lar terreno integrado perfeitamente nas normas educativas da vida superior





“Quando os esposos compreendem o objetivo real das leis espirituais que os orientam na comunhão fraterna quando encarnados, inclusive atinente à função do mecanismo sexual como técnica criadora e não simples função de prazer transitório, é evidente que eles então se libertam da apregoada necessidade biológica sexual incessante e consideram-se apenas como "procuradores divinos", investidos da missão de criar outros corpos no mundo material.
Muito antes de cultivarem deliberadamente a sensação física no intercâmbio sexual, eles não desconhecem a sua função de "deusinhos", que sob a procuração divina atuam no cenário da vida humana a fim de proporcionar novos equipos carnais para outros companheiros elevarem-se conscientemente à angelitude.
Na hora do enlace sexual físico, a esposa e o esposo são apenas dois "campos magnéticos" de pólos opostos e atrativos, cujas forças criadoras que emanam do mundo animal instintivo, também se fundem às energias captadas dos planos angélicos e estimulantes da ascese espiritual humana. Essas energias sublimes irrigam o perispírito do homem e da mulher na hora sexual, pois Se acasalam em misterioso esponsalício na zona c no plexo solar e abdominal, onde o chacra umbilical controla os automatismos genésicos criadores e desata o esquema do renascimento. 
Nesse encontro criador todos os demais "chacras" ou centros de forças etéricos, distribuídos à periferia do "duplo etérico", revitalizam-se entre si 10 pelo fluxo energético que desce do mundo psíquico e impregna qualitativamente o mundo instintivo da carne.
Afora de simples "objeto-sensação", a mulher é poderosa antena viva captando o magnetismo superior que flui do mundo oculto durante a relação sexual. operando o milagre da união com as forças inferiores que sobem do mundo animalizado.

O desconhecimento desse acontecimento energético durante o intercâmbio genésico transforma o homem num incessante procurador do gozo ou prazer exclusivamente físico, ignorando que, acima de tudo, o ato sexual é uma atividade com a finalidade precípua de esculturar na carne humana a configuração de outro ser credenciado pelos mesmos direitos de vivência e proteção.
O casamento na carne é a consagração humana de um compromisso assumido pelos espíritos antes da nova encarnação. Além de proporcionar a recuperação espiritual de ambos, também atende à função de criar mais corpos que servirão para outros espíritos aflitos resgatarem as suas dívidas pretéritas. 
Além da diferenciação biológica e hereditária da vestimenta carnal, as características diferentes de sexo, esposo e esposa modelados na forma terrena, tão somente encobrem a realidade de espíritos irmãos oriundos da mesma fonte divina.
Em conseqüência, além do convênio conjugal transitório da carne, deve predominar a qualidade e missão da centelha espiritual, que é o endosso superior da relação sexual.”
Origem: “A Vida Humana e o Espírito Imortal” -  Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento

domingo, 22 de abril de 2012

Psiquismo hunamo. Perturbações, desequilíbrios e neuroses extremas, no campo sexual








Que dizeis sobre os diversos casos de perturbações, desequilíbrios e neuroses extremas, os quais foram satisfatoriamente resolvidos com o ajuste sexual?

“Somente a compreensão elevada de que a função sexual é recurso divino procriador, pode trazer tranqüilidade mental e estabilidade emocional. É de senso comum que o "erotismo" é um imperativo de atração entre os seres para induzi-los à procriação, mas nada tem a ver com a problemática da vida do espírito imortal.
Se a prática sexual dirigida fosse terapêutica positiva para solver os desequilíbrios e as neuroses da humanidade, então o mundo atual deveria ser excelentemente saudável, pois nunca o erotismo e as satisfações sexuais gozaram de tanta liberdade como ocorre atualmente! 
O sexo é o assunto mais palpitante nesse "Fim de Tempos", excitado numa comunicação provocativa pela literatura, poesia, rádio, teatro, televisão, ilustrações fesceninas, até por exposições pornográficas!
Os psicólogos, completamente batidos por todas as experiências de natureza neurológica e os psiquiatras modernos, já concordam ou conformaram-se até com a aberração de que a pornografia também pode ser uma arte autêntica e sem represamento convencional. Julga-se. mesmo, que o furor homicida, a violência do estupro e o sadismo da crueldade voluptuosa e enfermiça são escapes da violência "psico-emotiva" do homem recalcado pelo sexo e por culpa dos "tabus" e puritanismos que frenam os impulsos perigosos, mas não os abrandam nem eliminam a sua carga perigosa!
Indubitavelmente, essa descarga sexual e erótica tão vultosa, na atualidade, deveria trazer alívio à tensão perigosa humana e resolvido grande parte do problema milenário da violência. do crime e da infelicidade humana! Extravasada a carga sexual retida por convenção de uma sociedade mistificada em suas bases morais, o mundo terreno entraria num saudável e tranquilo ritmo de vida, graças aos descondicionamentos e "tabus" abandonados em favor do entendimento à flor da pele! No entanto, jamais a humanidade terrícola enfrentou períodos de tanta violência, terrorismo, subversão, homicídios, sadismos, desajustes conjugais, racismos odiosos e crimes bestiais sem motivos plausíveis, endeusamento a facínoras impiedosos e linguagem de baixo calão nas expressões artísticas mais refinadas! Sob a lastimável inversão de valores, que anula os esforços mais heróicos de criaturas abnegadas e perseverantes, glorifica-se a mediocridade, o cretino, o excêntrico e o libidinoso, ajustados cinicamente ao mesmo nível do virtuose da pintura, da música, da escultura e do gênio literário!
Evidentemente, a súbita evasão sexual do instinto animal, represado pelos conceitos morais das sociedades civilizadas, jamais poderá solver os problemas complexos e milenários do espírito imortal, o qual já se encarna com péssimo acervo de dívidas e culpas de vidas passadas! De modo algum poderia solucionar a sua falência pregressa sob a terapia mecanicista da relação sexual ou na multiplicidade de orgasmos da carência animal; porém, "o que é do espírito só pelo espírito poderá ser curado", já dizia Paulo de Tarso! E a terapêutica mais indicada, nesse caso, ainda é o medicamento fornecido pelo Divino Jesus, através do seu infalível Evangelho!
É fácil de comprovar que os homens sábios ou santificados, absorvidos por empreendimentos de natureza espiritual superior, tornam-se apáticos e até inibidos sexualmente, elevando-se acima das necessidades sexuais animais. Eles criam uma segunda natureza incomum, em que as próprias forças e combustíveis inferiores passam a alimentar propósitos elevados. Enfraquecem o instinto, reduzem a exigência animal da carne e aliviam a insatisfação erótica. 
A angústia sexual, que é responsável pela multiplicidade de aspectos patológicos, neuróticos e emotivamente enfermiços, também não logra soluções mediante comprimidos, injeções ou tisanas de qualquer espécie, da mesma forma que a efusão erótica não acomoda o psiquismo humano! A solução deve ser de ordem espiritual, através da sublimação de energias animais, que depois de domesticadas são aplicadas em atividades superiores. O mesmo fluido sexual que alimenta as relações genésicas e o processo procriativo no campo físico, quando represado e depois sublimado para uma condição espiritual superior, desencadeia poderoso energismo que então supra os gastos mais avançados da mente!  
Os antigos iniciados aprendiam a controlar e distribuir o fluido sexual de modo a vitalizar poderosamente o cérebro, atuando habilmente através dos "chacras", ou centros de forças etéricos da contraparte física conhecida por "duplo etérico". Sob tal processo oculto, mas de resultados positivos, eles alcançavam a condição de homens incomuns e depositários de poderes extraterrenos, cujos conhecimentos jamais transpunham o silêncio augusto dos templos iniciáticos, pois eram proibidos no mundo profano dominado pelo mais estúpido dos fanatismos religiosos.” 12


12 - Sabe-se que através da "Krya Yoga", o discípulo aprende a mobilizar o seu fluido sexual de modo a fazê-lo subir pelo imo da medula espinhal, até atingir o cerebelo, o córtex cerebral, a região do tálamo e hipotálamo na circunvizinhança da glândula hipófise, numa espécie de lavagem energética a todas as células da massa cinzenta. Então, sob a ação fulgurante do "chacra coronário", o centro de união divina do homem e o mundo espiritual, o fluido sexual é purificado e o residual ou escória regressa à região inferior do "chacra kundalíneo", através da região exterior da medula, onde é reativado para as funções tradicionais. Sob tal influxo, que pode ser repetido muitas vezes, o homem retempera o seu magnífico centro de comando "psicofísico", que é o cérebro, passando a atuar em nível superior, graças à sublimação da energia sexual poupada e purificada!


Origem: “A Vida Humana e o Espírito Imortal” -  Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento

sábado, 21 de abril de 2012

Impulso natural sexual

Então sempre é algo desairoso ou criticável o impulso natural sexual, embora seja o fundamento da vida carnal?


“Não existem justificativas para sancionar os aviltamentos que contrariam ou inferiorizam o sexo, além de sua função natural de proporcionar novas vidas humanas. 
O processo e a sinalética sexual não são intrinsecamente afrontosos. nem mesmo devem ser responsáveis por todas as fraquezas e concepção de orgulho de honra medieval. 
O imperativo sexual não é fenômeno limitado exclusivamente às funções fisiológicas ou procriativas na configuração humana, nem exclusivamente sensação erótica e voluptuosa, que alguns abusam até à alucinação. O sexo, malgrado distinguir na estrutura do corpo físico a característica masculina ou feminina, é apenas sinalética provisória em cada encarnação, assinalando a espécie de experiência que compete ao espírito encarnado. Sob o esquema espiritual, o sexo masculino identifica a alma que se encontra em operação de comando e "mais ativa", enquanto o sexo feminino indica a entidade em submissão, e "mais passiva" na sua atuação carnal. Em conseqüência, a nomenclatura de sexo é de feição mais animal, classificando operação ativa na experiência masculina e operação passiva na atividade feminina. Mas à medida que o espírito ascensiona do primarismo de "homem-animal" para a diafanização do perispírito sublimado, a própria concepção de sexo evolui para o intercâmbio sublime do Amor puro! 
Há posse e volúpia de transitório orgasmo genésico através da atração carnal na vida física, mas no âmago desse ato exercita-se no ser, o processo da afinidade espiritual que também imanta os seres na vida angélica!” 11


11 - Nota do Médium: - Ainda existem criaturas que acham impossível o espírito encarnar homem numa existência e mulher noutra vida, crentes de que isso é desairoso e absurdo para a tradicional masculinidade humana. No entanto, os jornais anunciam, frequentemente, as mudanças de sexo, quando certas mulheres depois de operadas convenientemente transformam-se em homens, enquanto inúmeros rapazes depois de submetidos à intervenção cirúrgica adequada, também mudam para o sexo feminino, a ponto de casarem e até procriarem. Evidentemente, se o espírito pode mudar de sexo na mesma existência física, então lhe será bem mais fácil fazê-la antes de se encarnar.

Origem: “A Vida Humana e o Espírito Imortal” -  Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Justiça Divina. Descumprimento do compromisso conjugal assumido no Espaço.










“Sob o conceito cármico e evangélico enunciado pelo Cristo Jesus, de "Quem com ferro fere, com ferro será ferido", jamais haverá prejuízos entre os comparsas do mesmo programa sideral em função na Terra, assim, os espíritos prejudicados com a fuga do compromisso assumido pelos culpados de sua frustração, hão de indenizar-se, alhures e devidamente compensados, dos prejuízos recebidos. Ademais, na escolha dos pais físicos também se candidatam espíritos da mesma índole e afinidade espiritual.   
Espíritos cuja vivência pregressa tem sido da mais louvada correção e fidelidade de programa merecem nascer de progenitores sob a mesma graduação espiritual. No entanto, os faltosos pregressos, que frustraram compromissos causando prejuízos alheios, são encaminhados para o nascimento através do recurso físico oferecido por espíritos ainda propensos à defecção espiritual
"Não cai um fio da cabeça do homem sem que Deus não saiba", diz o velho adágio e o traduzimos por "Não há um ceitil de injustiça ao homem ante a Justiça e Sabedoria de Deus"!
As entidades que se encarnam dependendo o seu sucesso físico da união conjugal de outros espíritos volúveis e irresponsáveis, que podem frustrar-lhes a encarnação, também cometeram delito semelhante no passado e causaram os mesmos prejuízos a outrem. Os espíritos volúveis são atraídos pelos espíritos volúveis, e os espíritos sensatos pelos espíritos sensatos.
Na trama cármica das encarnações físicas, os espíritos interligam-se por afinidade espiritual ou através dos vínculos culposos de vidas anteriores. Assim, a vivência humana agradável, ou desagradável, frustrada ou acertada, é uma conseqüência da natureza boa ou má do espírito encarnado!
Os espíritos só se reencarnam sob um esquema traçado pelos instrutores e técnicos competentes, no Além, onde intercambiam emoções, sentimentos afins ou ostensivos, e ajustam os seus propósitos aos interesses do conjunto! Espíritos nobres ou sórdidos, sábios ou ignorantes, bondosos ou malignos, santos ou delinqüentes, ligam-se na trama da existência física e se agrupam sob diversos motivos de interesses recíprocos movimentados no passado e trazendo resíduos corretivos. Em conseqüência, há espíritos bondosos e de boa estirpe espiritual, que ainda se imantam a entidades inferiores porque as exploraram em seu exclusivo bem e interesse pessoal. Embora tenham galgado mais alguns degraus na escadaria espiritual, terão de liquidar quaisquer saldos de contas devedoras do pretérito, ajudando os próprios comparsas à mais breve ascese para a freqüência superior.
Mas, como no Espaço também não há regras sem exceção, existem almas missionárias e benfeitoras, que não hesitam em abandonar o seu mundo de venturas e encarnarem-se para socorrer e auxiliar espíritos primários e até vingativos, junto aos quais comprovam a sua piedade e amor sob a égide do Cristo!”


Origem: “A Vida Humana e o Espírito Imortal” -  Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Casais sem filhos, dívidas cármicas, Lei de Causa e Efeito.








“Não há regra sem exceção, mesmo na vivência espiritual! Há casais que, por Lei de Causa e Efeito, não podem ter descendência carnal na atual existência, enquanto outros, já libertos de qualquer obrigação cármica, adotam espontaneamente as crianças infelizes do mundo e lhe devotam o seu amor! Há quem deve criar órfãos e adotar crianças estranhas, para então compensar as suas irresponsabilidades espirituais do passado; mas também há criaturas que assim o fazem somente pelo impulso amoroso de doar alegria e ventura ao próximo! E como Deus não quer que se perca o pecador, mas, sim, que ele seja salvo, feliz é o órfão culposo, nascido para ser desprezado, que depois encontra o amparo carinhoso num lar amigo!
Quem não se rebela contra a vida e adota filhos alheios para compensar a falta de descendentes, é óbvio que revela os mais nobres sentimentos de fraternidade e amor ao Cristo!
A Lei do Carma ou Lei de Causa c Efeito não atua deliberadamente num sentido punitivo, mas ela reajusta os atos dos espíritos nas vidas futuras, de modo a compensarem as frustrações ou delinqüências pregressas.
Aliás, mesmo nas esferas espirituais adjacentes à crosta terráquea, ainda não foram eliminadas todas as incógnitas da vida; em conseqüência, podem ocorrer acidentes imprevistos e falhas técnicas no processo reencarnatório, liquidação cármica e procriação de filhos! Mas não há prejuízos definitivos para os espíritos na sua vivência humana, porque as frustrações de hoje serão compensadas por outros ensejos salutares no futuro. A carne é transitória; só o espírito permanece íntegro e sobrepaira acima de todas as mutações e circunstâncias adversas! 
A Terra é a "alfaiataria" que confecciona os "trajes" de nervos, ossos e músculos para os espíritos vestirem na sua vida física e relacionarem-se com os fenômenos e acontecimentos materiais. Em cada existência, os espíritos se revestem de traje adequado ao seu novo trabalho educativo, a fim de cumprirem o programa assumido no Espaço antes do renascimento!
Em conseqüência, sob a ação inflexível da Lei do Carma, certos pais são impedidos de terem filhos porque ainda não comprovaram a posse de sentimentos paternos e maternos suficientes para administrar a prole humana. Certas vezes, embora os técnicos tenham esquematizado rigorosamente os ascendentes biológicos e a resistência carnal dos futuros progenitores, isso pode ser prejudicado devido a equívocos medicamentosos, má alimentação, moléstias acidentais, negligencias médicas, vampirismos fluídicos em ambientes censuráveis, que frustram o renascimento dos espíritos na matéria num prazo determinado. Quando a culpa é realmente por imprudência ou determinação dos pais, certos espíritos não perdoam essa frustração, pois em existências futuras atuam sob o processo de "eterinária", destruindo os genes e espermatozóides que proporcionarão filhos aos antigos pais culposos.”9

9 - Nota do Médium: - Através de exame de radiestesia, atendi ao pedido de um casal de importante cidade do Paraná. Irmãos R. S. e E. S. que, embora casados há mais de 5 anos, não possuíam filhos. Surpreso verifiquei que o espírito destinado a ser filho de ambos os irmãos fugia deliberadamente dessa responsabilidade. 
Dotado de poderes de magia, desenvolvidos na antiga Caldéia, ele havia amarrado fluidicamente as trompas da indigitada mãe! Louvavelmente, administrando uma dose homeopática de C 1.000, Staphysagria na prescrição de XII / 60, de alto poder dissociativo atômico e penetração etérica, eis que se dissolveram os fluidos de constrangimento das trompas da irmã E. S., e nasceu um menino, hoje com 3 anos de idade, inteligência precoce e prova irrefutável de que era um espírito poderoso e sábio!

(Origem: “A Vida Humana E O Espírito Imortal” – Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento)


quarta-feira, 18 de abril de 2012

Ramatís fala sobre os dois terços de habitantes da Terra que serão encaminhados ao planeta inferior.








Jesus disse: "E serão julgados os vivos e os mortos", isto é, os encarnados na Terra e os desencarnados que se situarem nas adjacências da Terra.
Esse julgamento já se esta processando, pois não será efetuado de modo súbito, mas obedecendo a indescritível mecanismo que não podemos descrever na exiguidade destas comunicações. Muita gente que está desencarnando atualmente ainda poderá reencarnar-se, voltando ao vosso mundo para submeter-se às provas mais acerbas na matéria e revelar-se à direita ou à esquerda do Cristo; no entanto, muitos estão partindo atualmente da Terra em tal estado de degradação, que a Direção Sideral terá que classificá-los, no Além, como exilados em potencial, dispensados de novos testes!
Sem desejarmos copiar o prosaísmo do mundo material, podemos afirmar que há um processo de classificação automática, nos planos invisíveis, que revela e comprova as reações do psiquismo dos desencarnados, em perfeita conexão com o princípio crístico ou então com o modo de vida bestial que ainda é predominante no orbe intruso.
Diariamente se agravam as condições mentais no vosso mundo, conforme já podeis verificar sem qualquer protesto ou dúvida. Ante a verticalização lenta, mas insidiosa e que já se manifesta na esfera interior, faz-se a perfeita conexão entre a degradação humana e a comoção terráquea; orbe e morador sentem-se sob invisível expurgação psico-física! Até o final deste século, libertar-se-ão da matéria dois terços da humanidade, através de comoções sísmicas, inundações, maremotos, furacões, terremotos, catástrofes, hecatombes, guerras e epidemias estranhas.
O conflito entre o continente asiático e o europeu, já mentalmente delineado entre os homens para a segunda metade do século, com a cogitação do emprego de raios incendiários e da arma atômica, comprovará a profecia de São João, quando vos adverte de que o mundo será destruído pelo fogo e não mais pela água Em virtude de os cientistas não poderem prever com absoluto êxito os efeitos de vários tipos de energias destrutivas, que serão experimentadas para serem empregadas na hecatombe final, mesmo no período de Paz e com o mundo exausto, surgirão estranhas epidemias, deformando, diluindo e perturbando os genes formativos de muitas criaturas, do que resultarão sofrimentos para as próprias gestantes! O evangelista Mateus (XXIV — 19) registra essa hora, anunciada por Jesus, para os dias de grandes aflições no final do século que viveis: "Mas ai das mulheres que estiverem pejadas naqueles dias”.


(Origem: “Mensagens Do Astral” – Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento)

terça-feira, 17 de abril de 2012

Interpretações sobre a Besta Apocalíptica









PERGUNTA: Poderíamos conhecer qualquer afirmação do Apocalipse que nos possa induzir a maior certeza de que haverá uma prostituição de costumes entre os poderes máximos, e quais são esses poderes? A maioria das interpretações sobre a Besta Apocalíptica varia conforme a religião ou a índole psicológica dos interpretadores. Os católicos coligiram dados para provar que a Besta é a Reforma do século XVI; os protestantes e diversos espiritualistas costumam relacioná-la com o Clero Católico-Romano. Investigadores mais decididos, dando buscas na numerosofia, encontram o número da Besta nos títulos do Papa! Que nos dizeis a esse respeito?


 RAMATÍS: Não vos esqueçais de que o simbolismo da Besta alicerça-se exclusivamente no instinto humano desregrado, que pode manifestar-se em qualquer latitude geográfica "do mundo ou setor de trabalho religioso, filosófico, científico ou social. Seria injustiça atribuir a relação desse simbolismo exclusivamente para com o Clero Católico-Romano, que é um agrupamento isolado no vosso mundo, significando apenas um conjunto religioso, que não constitui uma maioria nem um predomínio no mundo terreno.
A Besta que se fazia adorar representa a parte má de toda classe de sacerdotes, ministros, adeptos, mestres ou instrutores de todos os credos, doutrinas e religiões da vossa humanidade. Há, portanto, que incluir nessa parte má todos os maus clérigos da Igreja Católica, da Budista, da Muçulmânica, da Taoísta, da Israelita, da Induísta, da Reformada, mais os responsáveis por milhares de outras doutrinas, seitas e movimentos espiritualistas ou fraternistas, que hajam corrompido os seus ministérios elevados. Cumpre incluir também as instituições que são erigidas para o bem humano, mas que os homens dirigem de modo satanizado ou bestial.
Atribuir a uma entidade religiosa, constituída para o serviço crístico, a responsabilidade total pelos atos de alguns de seus agentes desonestos, seria o mesmo que considerar a existência do vinho falso como crime cometido por todos os estabelecimentos que fabricam o vinho bom!
É preciso não olvidar as condições em que João Evangelista escreveu o Apocalipse. Ele não afirma ter visto ou presenciado pessoalmente as cenas descritas, mas declara que foi arrebatado em espírito para, quando voltasse a si, escrever em um livro a visão que tivera. Isto acarretou-lhe imensa dificuldade para relatar depois a visão, em estado de vigília, do que teriam decorrido certas confusões nos símbolos percebidos. No entanto, a despeito dessas dificuldades, ele deixou claro que a Besta sempre estende a sua ação às esferas diretoras das principais instituições responsáveis pelos destinos humanos, procurando conduzi-las à invigi-lância crística.
As alegorias apocalípticas devem ser encaradas sempre em relação aos movimentos de maior importância no vosso mundo, porque são revelação de ordem geral e coletiva, do que se deduz que o desregramento imperará com mais facilidade no meio dessas instituições ou esferas de comando da vida no vosso orbe. Cabe a vós descobrirdes inteligentemente aquilo que se ajuste aos conjuntos que o profeta não pôde individualizar com bastante clareza.
Para o vosso entendimento espiritual, a Política, a Ciência e a Religião estão claramente definidas no enunciado no capítulo XV — 13 e 14, onde se diz: "E eu vi saírem da boca do dragão, e da boca da besta, e da boca do falso profeta, três espíritos imundos semelhantes às rãs; estes são uns espíritos de demónios, que fazem prodígios, e que vão aos reis de toda a Terra, para os ajuntar à batalha no grande dia do Deus Todo Poderoso".
A Besta, representativa da astúcia dá-nos ideia da Política; o dragão, em discordância com a mulher que tinha uma coroa de doze estrelas na cabeça, dá-nos ideia da Ciência em desacordo com a Religião, devido ao seu positivismo; o Falso Profeta, que assume a responsabilidade de anunciar a Verdade, usando ardilosamente a insígnia dos homens santos, dá-nos ideia da Religião, representada pela parte do clero desabusado, sensual e mistificador, de qualquer religião, quando industrializa e trai o pensamento básico de seus inspiradores, seja o de Jesus, seja o de Buda ou de Maomé!
São os que colocam a Verdade, adornada de ouro e de pedrarias preciosas, nos templos gélidos, cercados de famintos e desnudos.
O Dragão, a Besta e o Falso Profeta soltam de suas bocas três espíritos imundos; espíritos de demónios, que fazem prodígios e que vão aos reis de toda a Terra. Aqui, para nós, o profeta reúne em seu enunciado três instituições de poderes e prestígio consideráveis, no vosso mundo: Política, Ciência e Religião que, desavisados, podem produzir em seu seio os agentes subvertidos da malignidade, da corrupção e da hipocrisia e que, para a humanidade ignara, operam prodígios! A Política consegue colocar nos postos administrativos do mundo um agrupamento de homens desregrados, especialistas no furto patrimonial e exclusivamente à cata da fortuna fácil; a Ciência, anticrística, desgasta os seus génios para atender à corrida infernal em favor das guerras fratricidas, na fabricação da metralha assassina e das bombas desintegrado-ras; a Religião, através de uma parte de seus sacerdotes, ministros ou doutrinadores, transforma-se em mercado, negociando à semelhança dos fabricantes de panaceias curativas!
João Evangelista refere-se, também, às instituições de influência geral no mundo, que, para sobreviverem a contento de seus apaniguados, muitas vezes se rebaixam para servir aos poderosos, aos interesseiros e aos reis do mundo. 
O apóstolo diz textualmente: "Eles vão aos reis de toda a Terra, para os ajuntar à grande batalha do grande dia do Deus Todo Poderoso", isto é, tornam-se servis e se comprometem a praticar ações menos dignas, desde que esses detentores do poder lhes garantam a existência confortável no comando das massas e dos tolos! Basta um punhado desses homens abomináveis em cada um desses conjuntos, para que fique tisnado o caráter digno de uma instituição organizada para o bem humano. Na Política, buscam os votos do eleitorado e depois dilapidam o património público; na Ciência, empregam a celebração genial no desenvolvimento da indústria bélica para a destruição em massa; na Religião, a esperança do céu é vendida a título de mercadoria imponderável!
No Apocalipse, os agentes nefastos da Política, da Ciência e da Religião são apresentados sob a alegoria de três espíritos imundos semelhantes às rãs, porque esses homens abomináveis se parecem com os réptis asquerosos, do charco, visto que, devido à pele escorregadia que lhes dá a proteção desonesta, escorregam e escapam das mãos da Justiça!


Origem: “Mensagens do Astral” – Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento.

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Moléstias ou deformidades congênitas, estigmas que se transmitem do perispírito para o corpo físico com as encarnações.








“O erispírito é o veículo, ou a matriz original, preexistente e portadora do molde de todos os órgãos, que, posteriormente, devem ser materializados no campo de leis e forças do mundo físico. O perispírito absorve desde o prana, que é a energia responsável pela vida em todos os planos da Criação, acrescido da substância mental para compor o centro de raciocínio, e o fluido astralino que lhe fundamenta a emoção e o sentimento. Através do duplo etérico, então, se processa a transferência dessas energias criativas, a fim de se plasmar o corpo carnal em frequência mais baixa.
Em conseqüência, o perispírito, como matriz responsável pela configuração humana, lembra algo do fenômeno que ocorre com qualquer molde, em que o escultor depois vaza a substância para reproduzir a estatueta ou objeto de gesso ou bronze. Mas assim como a estátua, ou a peça fundida, pode apresentar defeitos que são próprios do modelo original mal esculpido, o corpo carnal do homem também apresenta falhas, disfunções, deformidades, incorreções, intoxicações, lesões e demais alterações congênitas, como resultados negativos e específicos do seu perispírito. No entanto, tais alterações, geradas com o indivíduo ao nascer, são provenientes de insanidades, turbulências, atos de rebeldias espirituais ocorridas em vidas anteriores.
Isso, então, se constitui em defeitos, marcas e lesões deploráveis, no tecido delicado do perispírito, e que na gestação alteram também a contextura anatomofisiológica do corpo físico. Assim, inúmeras criaturas já nascem marcadas por frustrações, complexos, defeitos anatômicos e insuficiências mentais e fisiológicas, que lhes dificultam a atividade humana na condição de estigmas "pré-reencarnatórios". 
São defeitos e cicatrizes perispirituais ou "pré-reencarnatórios", que desafiam toda a capacidade, destreza e conhecimento médico do mundo, uma vez que ninguém pode modificar a árvore, ante a ingênua decisão de operar apenas a sua sombra.
Alhures já dissemos que o corpo físico é a materialização do perispírito, com qualidades e defeitos que lhe são próprios; é uma espécie de "mata-borrão" vivo, que durante a existência humana absorve as toxinas da alma. 
Os estados de espírito em equívoco do homem em cada vivência carnal geram-lhe condições aflitivas ou mesmo trágicas nas existências futuras. Aliás, o pecado não é uma ofensa a Deus, mas ao próprio pecador, em face da ação dos resíduos patológicos de natureza psíquica, que depois infelicitam pela sua natureza opressiva.
A crueldade, por exemplo, produz fluidos tóxicos tão corrosivos e aderentes à alma perversa, que ao descerem ou drenarem do perispírito para o corpo físico, na próxima existência, perturbam o metabolismo neuropsíquico e causam distúrbios mentais, tais como as paranóias, esquizofrenias, personalidades psicopáticas perversas. Daí o motivo por que existe uma periculosidade latente em todos estes casos, pois ele sente em si mesmo as erupções das maldades anteriores. As impotências e esterilidades, mais afins às áreas do sistema endocrínico, podem ser efeitos do excesso de luxúria em vidas pregressas; as paixões violentas e destrutivas conduzem futuramente à epilepsia, aos ataques convulsivos, cuja compensação medicamentosa é difícil e, às vezes, quase impossível terminando na demência epiléptica.
Os avarentos retomam mendigos, e toda inteligência aplicada censuravelmente em proveito pessoal político, pecaminoso ou pilhagem alheia, produz futuramente as oligofrenias. A gula estigmatiza e deforma o sistema digestivo perispiritual, ocasionando futuros distúrbios digestivos.
Os viciados em entorpecentes no passado, como heroína, morfina, ópio, haxixe ou cocaína e, atualmente, em maconha, mescalina, psiroliscibina, DMT ou LSD, tanto quanto os que abusam da inteligência em desfavor alheio, sempre retomam à vida humana compondo a fauna triste e infeliz dos retardados mentais ou psicopatas, cujas faces embrutecidas traem o estigma e o torpor do vício pregresso.”


Origem: “O Evangelho À Luz do Cosmo” – Ramatís/Hercílio Maes – Editora do Conhecimento
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